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BRÁULIO GUATIMOSIM CAVALCANTI

 

Braulio Guatimosim Cavalcanti foi uma das personalidades marcantes dos fatos político-sociais das Alagoas. Espírito desassombrado, sua figura ficou sendo um símbolo, porque seu nome despeja ainda na memória das lutas apaixonantes de nossa terra. Um raro exemplo de coragem cívica, sobretudo Poeta espontâneo e jornalista de combate, fazia-se presente na imprensa da capital do Estado, como na do Recife, onde se bacharelou em Direito em 1911.
Seus arroubos poéticos  eram vasados na sinceridade dos motivos que o dominavam, como bem demonstra a “Ode a Alagoas”.
Foi assassinado na chacina de 10 de março de 1912, na Praça dos Martírios, em Maceió, quando, sob a égide da liberdade e da justiça, predicava os direitos do homem ante a prepotência e as oligarquias de então.

AVELAR, Romeu de.  Coletânea de poetas alagoanos.  Rio de Janeiro: Edições Minerva, 1959.  286 p.  ilus.  15,5x23 cm.  Exemplar encadernado.  Bibl. Antonio Miranda

 

 

        ODE A ALAGOAS

Terra verde, feliz, aberta em flores, cheia
Dos lagos de alumínio e verdes coqueirais!
Terra, onde o São Francisco  majestoso ondeia
E Paulo Afonso atroa mil fanfarras reais!
Terra que eu amo tanto,
Levanta-te, por fim, do horror da oligarquia!
Enxuga o imenso pranto!
E varre a tirania!

 

       Expulsa do teu seio a gente que te explora,
Quebra por uma vez os gélidos grilhões!
Ouve que a Marselhesa é a trompa que clangora
Em todo o seio teu, dentro das multidões!
Não mais o vandalismo!
Surge estoica, viril, oh, terra dos Palmares!#
Acaba o servilhismo
Dos campos e dos mares!

Tu viste Coelho um dia antever teus arcanos,
Em um dia separada a Pernambuco tu és!
Treze de maio vem! Tu venceste os tiranos
Que escravos tinham mil, ao passo da polés!

E, em festivos alegros,
Alagoas tu deste, em cívicos arrancos,
—A liberdade aos negros,
—A liberdade aos brancos!

Alagoas! Mandaste às terras paraguaias
Fonsecas imortais! E tu mandaste, empós
Aos conselheiros cruéis dentre as verdes tocaias,
Uma parte de ti, uma parte de nós!
—E como agora a algema?!
Faze a libertação final, oh, minha terra,
—Uma luta suprema,
A derradeira guerra!

Vida nova feliz! Ano da Liberdade!
Vieste do azul,
Era de paz, de amor e de felicidade,
—Linda estrela que tu és do Cruzeiro do Sul!
—Ave, quadra ditosa!
Ave, quadra que vens cheia de glórias mil!
Ave, pátria formosa,
A mais formosa que é da Pátria do Brasil!    

 

*

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Página publicada em junho de 2021


 

 

 
 
 
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